quinta-feira, 24 de julho de 2014

Agri-doce

Ao jantar.

A pequena a enumerar as coisas que o irmão aprende com cada elemento da família.

Comigo aprende jogos e as canções. 
Com o pai aprende asneiras*. 
Com a mãe… humm… com a mãe aprende o carinho. 

O pai ficou triste. A seguir ao jantar foi fazer legos com eles.

O problema de viver tão intensamente o trabalho, até em casa, é não se aperceber de que o tempo passa, eles crescem. E se há um ano ela dizia que o pai brincava com ela ao Capitão Gancho, ultimamente ela não tem memórias dessas.

Eu fiquei triste por ele e por todos. Mas ao mesmo tempo fiquei com o coração cheio de ela me associar ao carinho, ao amor… no fundo é isso que todos queremos para os nossos filhos, que se sintam amados.

* O J., uma manhã destas, 
com um jogo no iPad. 
"Não. Não é isto. 
Não é isto! 
Porra!!! "

Isto depois de um fim de semana 
em que o pai esteve em casa.
Não estou a acusar ninguém ;)


5 comentários:

  1. Ai as prioridades, as prioridades...
    Enfim, a vida controla-nos, em vez de controlarmos nós.
    Beijinhos <3

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    1. Temos de estar presentes no momento e ter consciência das coisas. Quando é assim tudo se concilia. Bjs xx

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  2. Por cá passa-se algo parecido. Ainda hoje, somos nós as duas, com o papá pelos caminhos de Portugal. Ela sempre foi muito, muito ligada a mim (há quem diga que demais mas eu assobio para o lado) mas houve um tempo em que eu ficava triste quando ela via o pai chegar e não fazia grande festa.

    Agora até eu grito da cozinha ao ouvir a chave a rodar na porta: "NOSSO PAPÁ!!!" e tem de haver tempo para uns abraços e mimo e "agora eu" e "agora és tu"

    Sinto que, conforme cresce, percebe melhor o que implica o trabalho do pai e consegue distinguir isso, da vontade de estar com ela, se pudesse, a toda a hora.

    Beijocas ;)

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    1. Essa do muito ligada a nós (entendo perfeitamente) é curiosa. Onde será o limite do filho ser demasiado ligado a nós? ;)

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    2. Também oiço essa de vez em quando. Dá-me cá uma irritação...

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