
Ontem o tema de discussão num dos programas da tarde eram as mulheres que não queriam ser mães.
Continua a ser um tema polémico, principalmente pela forma como as pessoas encaram esta opção de vida. Há uns meses numa reportagem via uma mulher assumir que mentia quando lhe perguntavam o porquê de não ter filhos. Dizia ela que não podia porque desta forma se acabavam as perguntas, enquanto que se dissesse a verdade, que não tinha porque não queria, a discussão não terminaria tão cedo.
Cada pessoa faz as suas opções e não me faz confusão que as pessoas se queiram dedicar a outras vertentes da sua vida, às vezes menos compatíveis com a maternidade. Ou porque pura e simplesmente não se vêem como mães e com a responsabilidade de criar, educar e fazer feliz um ser totalmente depende delas.
No entanto no programa de ontem houve uma afirmação que me deixou de boca aberta. A história daquela senhora que não queria ter filhos, passava por uma adolescência com um irmão mais novo (16 anos), cujo nascimento lhe cortou muito a liberdade que desejava naquela fase da sua vida. Por ter esta experiência, a senhora disse qualquer coisa do género:
"Eu tive muita sorte! Tive esta experiência do que é ser mãe e pude decidir que isto não é o que queria para mim. Quantas mães que se calhar têm os filhos porque é natural tê-los desejam voltar atrás, porque não gostam dos filhos que têm, dos filhos que lhes calharam e já não podem, não há nada a fazer!"
Sinceramente fiquei chocada com esta afirmação. Parece que deviamos poder ir escolher os nossos filhos a uma prateleira do supermercado e que se não houvesse o modelo que queríamos devíamos rejeitar os outros.
Esta senhora não sabe que o amor de mãe é incondicional...